filosofia, método, processo de criação? Tudo isso junto e misturado! E o melhor é que pode ser menos complicado do que parece e adaptado a ambientes cotidianos, como a escola.
Quando ouvi falar de design thinking, pensei em algo rígido que tentaria moldar a forma como produzimos ideias e soluções. E, neste sentido, como boa rebelde que sou, me aproximei do tema com desconfiança. Mas desconfiar de algo, ao melhor estilo ‘Rosiano’ (Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa) pode ser uma ótima maneira de se enveredar por um tema, descobrir e aprender com ele.
Embora você vá encontrar muitos dos experts do assunto na área de Experiência do Usuário e outras atividades claramente ligadas ao consumo de produtos, dentro de uma lógica capitalista, é fato que a educação, corporativa, escolar e a melhor de todas, a do nosso dia a dia, também pode se apropriar do modelo. Afinal, o Design Thinking propõe um roteiro para potencializar o trabalho em equipe na resolução de problemas complexos.
A seguir, conheça um pouco de cada uma das fases que constituem a base dessa filosofia:

# 1 EMPATIZAR
Neste primeiro momento, é preciso investigar a raiz do problema a ser resolvido. E como o design thinking se diferencia de outras estratégias justamente porque é centrado no ser humano, esta fase é toda sobre ouvir os humanos que serão beneficiados. E ouvir, obviamente, com empatia. Há formas distintas de desenvolver esta parte do processo, entre elas:
- Entrevistas
- Escuta Ativa
- Rodas de Conversa
- Enquetes
- Observação
A coleta de dados desta fase permite que a equipe conheça mais profundamente as pessoas que serão o foco de seu trabalho e que construa a chamada persona, um perfil que represente a maioria , com suas angústias, necessidades e expectativas. Ao mesmo tempo, é a oportunidade de compreender mais profundamente o problema em si.
#2 DEFINIR
Agora o objetivo é trabalhar com todo o material coletado na primeira fase e a partir do que aprendemos ‘dar nome’ao problema. Isso quer dizer, defini-lo, assim como os desafios para sua solução. É quando toda a observação pode ser elaborada e documentada.
# 3 IDEAR
Hora da ‘chuva de ideias’. Aqui vamos levantar todas as possíveis soluções para o problema descrito na fase anterior. Momento de deixar a criatividade fluir, sempre tendo em mente o que foi aprendido nas fases anteriores e usando a humanidade de sua “clientela” como inspiração e fator preponderante do processo criativo.

# 4 prototipar
É chegado o momento de criar, ou seja, desenvolver um modelo, fruto das melhores ideias resultantes da fase de ideação. Como o próprio nome antecipa, um protótipo não é necessariamente um produto acabado, mas uma tentativa de se aproximar o melhor que se possa de uma solução para o problema levantado. O protótipo é a face da solução pela qual as equipes trabalharam.
#5 TESTAR
Nesta última fase, é hora de testar o protótipo antes de sua implementação defintiva. É a partir dos resultados obtidos aqui que saberemos se a saída encontrada foi bem sucedida ou se precisa de um novo protótipo. É importante ressaltar que a trajetória percorrida pela equipe (ou equipes) pode oferecer novas percepções, levando o grupo inclusive a considerar a necessidade de voltar à fase de ideação ou investir em um protótipo adicional. É especialmente indicado avaliar com rigor e cuidado o retorno obtido durante o teste.
Uma experiência no chão da escola?
Você já aplicou essas fases na resolução de problemas seja na gestão escolar seja diretamente com seus alunos resolvendo um problema hipotético ou real? Conte pra gente contato@claraboiacursos.com
