A educadora norte-americana Maryellen Weimer, professora emérita da Penn University, que por anos esteve à frente de um programa de desenvolvimento instrucional naquela universidade, questionou recentemente em artigo para o Faculty Focus, o chamado “aprendizado ativo”.
Não que ela seja a favor do modelo tradicional, no qual o aluno é simples receptor do (suposto) conhecimento do professor. Muito pelo contrário, a própria carreira de Weimer atesta o quanto ela acredita que o aprendizado deve estar centrado no aluno.
O que ela contesta é a atividade pela atividade. “Temo”, diz a professora, “que estejamos obcecados com a atividade e não suficientemente focados no que deve ser aprendido por meio dela”. Para Weimer, nossa obsessão em colecionar técnicas de ensino, estratégias e abordagens mirabolantes para atrair os estudantes pode estar nos afastando de questões fundamentais:
- Que tipo de engajamento essa atividade promove?
- Ela realmente faz seus alunos pensarem, resulta em aprendizado, promove neles o desejo de saber mais ou simplesmente os mantém ocupados e , em consequência, menos apáticos?
Temo que estejamos obcecados com a atividade e não suficientemente focados no que deve ser aprendido por meio dela (Maryellen Weimar)
A advertência da educadora é um ótimo começo para uma discussão mais ampla sobre como “desenhamos”e desenvolvemos nossas atividades e convida a pensar em dinâmicas fundamentadas, com objetivos bem claros, que justifiquem e promovam o aprendizado ativo e portanto não banalizá-lo.
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Um comentário em “Aprendizado ativo deve ter objetivos claros”